Se você tem mais de 9 anos de idade, é muito provável que você saiba somar dois números naturais que qualquer pessoa te pedir, independente de quão grande eles sejam, inclusive, dentro de um contexto que envolva as palavras-chave dessa operação, como juntar, reunir e acrescentar. É provável, também, que você já saiba andar de bicicleta, tenha alguns números de celular armazenados na memória e saiba fazer outras coisas que, mesmo que o texto da situação mude um pouco, você conseguirá se sair bem no contexto.
O que quero com tudo isso é provar pra você que é possível aprender para sempre. Tudo. Tudo que nós nos dispusermos. Obviamente que, para cada objetivo específico, há de se utilizar da técnica correta, da instrução de um profissional adequado, dentre outras coisas.
A grande notícia é que Matemática pode entrar nessa história. Você sabe como aprender Matemática? Para sempre? Ou, pelo menos, para um longo período de tempo?
Então vamos lá! Vou te dar aqui, como que uma receita de bolo, os passos que podem funcionar muito bem para o seu aprendizado em Matemática.
Nosso cérebro aprende de duas maneiras:
– por um grande impacto emocional (positivo ou negativo);
– por repetição.
Se você gosta de Matemática, por exemplo, as chances de você armazenar os conteúdos na memória de longo prazo com facilidade são muito altas. Isso está ligado ao impacto emocional positivo que isso te gera.
Talvez você não goste de Matemática, mas aquela fórmula que seu professor fez uma paródia na sala, ah… essa você não esquece!
O dia que você queimou a mão no fogo pela primeira vez, por curiosidade, foi o suficiente para você aprender que não mais deve botá-la ali. Nesse caso temos o impacto emocional negativo, que funciona pro aprendizado com uma ligeira eficiência também.
No entanto, a nossa receita do aprendizado para o longo prazo aqui, vai para a segunda forma: pela repetição. Eis já o roteiro, na prática, para que você transforme a maneira de aprender Matemática ou qualquer outra coisa que não goste, mas precisa:
1) Assista uma boa aula sobre o conteúdo. E de maneira ativa: anote os dados importantes, tanto os que o professor resumir no quadro, quanto os que você ouvir e achar importante. Use papel e lápis/caneta para isso e não o computador ou o print screen do seu celular, para que a sua atividade cerebral seja maior e mais eficiente.
2) Complemente a aula estudando a teoria do conteúdo através de um bom livro. Faça isso, também de maneira ativa, com resumos dos principais conceitos. Acredite: saber conceitos é de suma importância para sua aplicação nos exercícios.
3) Faça exercícios. Mas os faça de maneira eficiente: comece pelos resolvidos, siga para os propostos, posteriormente para a seção de vestibulares e, por fim, através de listas de exercícios.
4) Revise. Tenha um dia da semana dedicado apenas às revisões. Quanto maior foi o seu nível de dificuldade na teoria ou nos exercícios, maior será a quantidade de revisões que você terá que fazer. As revisões, porém, têm que ser rápidas. Você pode se utilizar de reler os resumos feitos, refazer os exercícios, fazer novos exercícios que sejam parecidos, fazer flashcards ou ainda mapas mentais. Não há ninguém melhor do que você para ditar as regras da quantidade de vezes que necessitará rever os conteúdos.
5) Faça simulados. Entre no jogo. Reproduza o máximo possível todas as características do seu exame em pelo menos dois dias do mês. Quantidade de questões, tempo para resolver cada uma delas, tempo total de prova, ambiente silencioso, você descansado, sem consulta, preenchimento de gabarito, uso apenas de caneta, estratégia de resolução e técnicas de chute. Após o fazimento, você poderá ver qual assunto mais errou e fazer disso um excelente norte para uma boa revisão de conteúdo e análise do porquê você errou: se por falta de atenção, por falta de conteúdo ou por falta de tempo (chute).
Aplicando esses passos, que já são seguidos por vários alunos presenciais meus, com a obtenção de excelentes resultados, apenas concluo que lhe espero aqui para ouvir o seu depoimento de transformação positiva gerada.
Professor Vinícius Soares
Matemática